Fizemos aprendizados?

Será que realmente fizemos algum aprendizado com essa pandemia?
Aprendemos a estar no mundo com toda essa adversidade?
Somos enquanto humanos, seres gregários, e a falta do abraço, do toque, do aperto de mão, da proximidade nos deixou em pânico. E pergunto:
Será que realmente mudei?
Em nós há o bonito e o feio, o certo e o errado, o alto e o baixo, o dia e a noite a luz e a sombra, etc., etc. E olhando por essa ótica é de suma importância buscarmos aquilo que há dentro de nós e não apenas pela visão externa do que nos compadecemos ou necessitamos naquele exato momento.
É necessário que vasculhemos dentro de nós. O que há em mim, o que sinto quando vejo perdas próximas, momentos dolorosos, vazios, medos, inseguranças? Passado esse instante, será que realmente nos mantemos com os mesmos sentimentos de humildade? Ou há períodos em que ficamos irados, exigentes, incompreensíveis, conjuramos contra aquilo quando, exatamente não conseguimos o socorro imediato ou quando não pudemos modificar por nós mesmos?
Então, qual e essa parte de mim que implora, na presença do perigo iminente, mas também se rebela quando não alcanço meus desejos?
Essa é a análise que precisamos fazer; cada um por si. Qual é essa parte de mim que preciso modificar?
Encontramo-nos com o belo, com a natureza com o que se nos apresenta externamente e que nos dá prazer, nos satisfaz momentaneamente, com o que é exposto, com o que existe fora de nós. E o que eu tenho enraizado dentro de mim (e que não é tão belo), será que me conheço?
Será que me valorizo com o que se apresenta para mim internamente? Eu me valorizo?
Quais são esses valores? Esses, sim eu preciso modificar. Sou verdadeiramente humilde, generosa /o, solidária /o, compreensiva /o, sei perdoar? Ou ainda, sou maliciosa, desejo ainda que por segundos , que o outro se dane, sou competitiva /,egoísta ,penso sempre e antes de tudo apenas em meu próprio bem estar?
Quem sou? Como estou?
Ainda me comparo com o que tenho, como estou, com a beleza externa, com minha condição financeira, com os bens materiais que possuo?
Não estariam esses valores falando tão alto, tão gritantes dentro de mim?
Como está esse meu meio interno?
Houve verdadeira mudança em mim, em meio a esse Caos que vivi?
A questão da minha essência supera em mim para além da matéria? Deveria!
Quando me preocupo com o mudo das aparências mais do que meu mundo interno, verifico que certamente não evoluí, não mudei em nada!
A pandemia apenas me assusta ou me assustou.
Como a flor de Lótus, é necessário que eu possa refletir como ela nasce, como ela age de dia e radiante se abre e à noite se fecha , e como evolui! Superou-se , não se contaminando pelo pântano , tornando-se vitoriosa!
É tempo de reflexão!
Pensem vocês também!
Maria Lúcia Moreira de Araújo
Psicóloga CRP 16/104






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