" O ser líquido"

Vivemos a cultura do imediatismo, da individualização, do prazer, do consumismo como sinônimo de felicidade.
Bauman diz: vivemos tempos líquidos, nada é para durar. Ele nos fala sobre “Amor Líquido” onde as relações se condensam em laços momentâneos, frágeis, fluidos. Vivemos um mundo de incertezas em que os relacionamentos humanos estão cada vez mais voláteis. Relacionamentos que podem ser descartáveis como se troca um objeto, numa loja.
São as mudanças do mundo contemporâneo, onde as relações se transformam de sólidas em líquidas que se esvaem pelas nossas mãos.
Vemos cada vez mais a individualização dos sujeitos.
Onde encontrarmos as regras?
Os códigos?
Os padrões pelos quais nos orientávamos?
Estamos vivendo um tempo de Mudanças que não nos permite o sólido, a estabilidade, a segurança...
Se as relações são líquidas , então ... vejo o outro como uma ameaça, aquele que me impede de viver a minha vida como desejo, não há como amá-lo... Como confiar que vale a pena esse amor?
Lembro-me de um livro de crônicas de Arthur da Távola - “Me vi te vendo” Sobre a empatia , a consideração pelo sentimento,pelo amor do outro. Ah! Isso hoje é “démodé”... (palavra francesa que usávamos para dizer que algo está fora de moda).
É isto a liberdade?
E cada vez mais vemos pessoas com depressão, com angústia, ansiedade, pânico.
Maria Lúcia Moreira de Araújo
Psicóloga CRP 16/104
Amor Líquido –Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos -Zygmunt Bauman
Angela Barreto, Gina Laura Soares e outras 2 pessoas
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